Resenha: O Monge e o Executivo

  • Editora: Sextante

  • Autor: James C. Hunter
  • Páginas: 143

  • Skoob
  • Resultado de imagem para o monge e o executivo

    "Você está convidado a se juntar a um grupo que, durante uma semana, vai estudar com um dos maiores especialistas em liderança dos Estados Unidos.
    Leonard Hoffman, um famoso empresário que abandonou sua brilhante carreira para se tornar monge em um mosteiro beneditino, é o personagem central desta envolvente história criada por James C. Hunter para ensinar de forma clara e agradável os princípios fundamentais dos verdadeiros líderes.
    Se você tem dificuldade em fazer com que sua equipe dê o melhor de si no trabalho e gostaria de se relacionar melhor com sua família e seus amigos, vai encontrar neste livro personagens, ideias e discussões que vão abrir um novo horizonte em sua forma de lidar com os outros.
    É impossível ler este livro sem sair transformado. "O Monge e o Executivo" é, sobretudo, uma lição sobre como se tornar uma pessoa melhor."




    John Daily é um executivo de sucesso. Gerente de uma grande empresa, bem casado, com dois filhos. Possui apartamento, casa, dois carros. Mas um dia ele percebe que as coisas mudam. Seus filhos já não o respeitam. Na empresa precisa conter uma tentativa de formação de um sindicato, e no time de beisebol, no qual é treinador, os pais das crianças treinadas passam a se queixar dele. Então, sua esposa, Rachel, o incentiva a conversar com o pastor da comunidade, que o recomenda um retiro num mosteiro - João da Cruz - próximo ao lago Michigan. Assim John Daily parte, a contragosto, para a maior experiência da sua vida.

    Ao chegar, John sabe que um dos maiores executivos dos EUA, Leonardo Hoffman, há muito sumido, se encontrava nesse mosteiro. Sua ansiedade aumentou devido a expectativa de encontrar Len, e esse primeiro encontro acontece de uma forma inesperada. 

    John passaria uma semana no mosteiro, junto com demais líderes, participando das atividades do lugar. E a primeira lição que aprende é, talvez, a mais difícil para nós que vivemos numa sociedade imediatista:

    Ouvir é uma das habilidades mais importantes que um líder pode escolher para desenvolver.

    Quando falamos em ouvir, não é apenas sentar em frente a alguém e deixar que ela descarregue o que tem a dizer, rezando para que a ladainha acabe. Ouvir é saber identificar os sentimentos da pessoa que está nos falando, sentir o que ela está sentindo. Ouvir é ter empatia. 

    Simeão, que a essa altura todos já descobriram ser Len Hoffman, cuja tarefa é guiar o grupo de líderes durante encontros diários, propôs ao grupo que se dividissem em pares e pensassem em uma pessoa que lhes exerceu autoridade. Para isso eles deveriam aprender a diferença entre Poder e Autoridade.

    Poder é a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não fazer. Autoridade é a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa da sua influência pessoal.

    Deveriam escrever numa folha as qualidades dessa pessoa e somar com as do parceiro. Depois deveriam escolher entre 3 à 5 mais importantes para o desenvolvimento da autoridade com as pessoas. Dentre todas as escolhas, entre elas o amor, foram categorizadas por Simeão como comportamentos, e não sentimentos. E comportamento é escolha, logo eu posso escolher ser amoroso com uma pessoa, mesmo que ela não seja comigo. Ser amoroso com alguém não quer dizer criar afeição, mas tratá-la respeitosamente.

    Outra ideia que Simeão aponta como importante num líder é a servidão. 

    De novo, para liderar você deve servir.

    Um líder deve suprir necessidades, não vontades. Há diferença entre satisfazer vontades e satisfazer necessidades. Servir significa identificar a necessidade e atender a ela. Não significa identificar e satisfazer as vontades das pessoas, ser escravo delas. Os escravos fazem o que os outros querem, os servidores fazem o que os outros precisam. E todos precisam de um ambiente com limites, com padrões estabelecidos e onde haja pessoas responsáveis. Elas podem não querer, mas precisam.

    [...] se não queremos o cônjuge, nos divorciamos, e se não queremos o vovô, praticamos a eutanásia. [...] todos queremos estar envolvidos, mas ninguém quer estar comprometido. 

    Compromisso é provavelmente o comportamento mais importante, comprometer-se com as obrigações assumidas na vida. É ter justificativas plausíveis ou razões coerentes que impeçam você de fazer algo, mas, apesar disso, cumprir sua palavra. Já, para quem não tem compromisso, tudo são desculpas para não fazer o que é preciso.

    Um último conceito debatido no grupo que me chamou a atenção foi a responsabilidade, que pode ser dividida em duas partes: resposta e habilidade. Recebemos os estímulos, que podem ser tanto positivos quanto negativos, mas como seres humanos, temos a habilidade de escolher nossa resposta a esse estímulo. Já os animais, respondem com o instinto.

    Como dizia o filósofo dinamarquês Kierkegaard: "Não tomar uma decisão já é uma decisão".





    2 comentários:

    1. Olá Paula! Adorei sua resenha sobre este livro. Já o li há algum tempo e sua resenha abrilhantou meu conhecimento!

      ResponderExcluir
    2. Faz um tempinho você visitou meu blog. Se puder volta lá... Dei uma repaginada e estou inserindo novos conteúdos (https://educacaodoispontozero2.blogspot.com/). Abraço!

      ResponderExcluir